mediocridade n°2
e feito ilha
humano moderno
martiriza-se
sob um terno
e escritórios
e compromissos
é transitório
e você omisso
se às segundas não se vive
quando então?
que dias me lembrarei que tive
quando o que me restar for o chão
quais esperanças me lembro de ter
quando o que digo é “e se”
circular nas margens dos rios
me prostro diante do arrimo
penteio cabelo e o vestido arrumo
pra ver de que lado fica meu prumo
de que me adianta tanta miséria
se amanhã a manhã é histérica
esquecida das tardes de sábado
atravesso o rio a nado
aquecido meu terno de ilha
do círculo sou mais uma filha
segura na minha terra firme,
sobrevivendo a uma vida triste.
seguro na minha escolha vil
sou mais um entre mil.
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