Segunda

Às vezes sinto meu peito se afogando,
sinto a garganta queimando
e não sei porque.
Parece-me que nos dias
que se passam, cada vez mais
as decepções me acompanham
como um cachorro de rua
que me segue até em casa
ganindo pelos meus calcanhares.
A dor que me enfraquece o corpo
atinge a alma, me enfraquecendo as ideias,
as pernas fracas que não aguentam meu peso,
ilustram minha mente,
que não sustenta a mim mesma.
Num tom particular,
escrevo um poema,
como quem sussurra nos teus ouvidos
os mais profundos medos,
e nos meios, a vida que exagera,
o destino que por uma brincadeira dele mesmo
me faz ver que nada é como queremos que seja.
Segunda-feira do espírito.

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