n°7
é o medo de fechar os olhos
e ver teu rosto estampado no escuro das
minhas pálpebras
o medo das certezas voltarem às dúvidas
e desse frio na barriga
que sobe e se torna nó na garganta
é estar rouca de cantarolar sozinha
músicas de amor
sem nunca saber de fato se sabe de fato o
que significam
o futuro a deus pertence
é o que dizem
a mim nada pertence
o tempo
a vida
os dias
as certezas
escorrem ligeiras
como água escorre pelo ralo
e eu sempre a mercê de algo
de mim mesma
dos meus planos
das minhas escolhas
e principalmente do meu medo
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